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No contexto actual Mário Lopes não acredita no IV Pacote Ferroviário

EurostarO presidente da ADFERSIT, Mário Lopes, não crê que o IV Pacote Ferroviário chegue a ser implementado em Portugal sem serem removidos os obstáculos que ainda subsistem à criação de um espaço ferroviário europeu único, e se não houver um estratégia nacional para o Caminho de ferro.

Segundo Mário Lopes a falta de independência entre operadores e gestores de infraestruturas a nível europeu, e no caso de Portugal a infraestrutura não ser interoperável, posicionam-se como argumentos para o fracasso da implementação do quadro legislativo.

O enquadramento veio na sequência da intervenção que levou à conferência “Intermodalidade e Short Sea Shipping” que decorreu na passada quarta-feira no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

. Extracto da apresentação do presidente da ADFERSIT, Mário Lopes, onde se refere ao IV Pacote Ferroviário.

O recuperar da Idade Média serviu para ilustrar um dos exemplos da falta de competitividade da ferrovia europeia.  “A ferrovia europeia é uma contradição. Se olharmos à escala da gestão estamos na idade média. Em que temos um Rei, que é a Comissão Europeia, e que manda pouco. E depois temos uns senhores feudais que são companhias nacionais, que impedem os outros de entrar no seu território. E portanto isto bloqueia o desenvolvimento da ferrovia a nível europeu”, explicou.

 

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A presença, na Conferência “Intermodalidade e Short Sea Shipping” do presidente da ADFERSIT, serviu para contextualizar as várias dimensões do cenário ferroviário – a nível nacional, ibérico e europeu – que condicionam uma posição mais forte face ao modo rodoviário, e complementar ao marítimo. Na perseguição de metas para a redução de emissões e poupança energética, nos modos de transporte. Foco na transferência de carga para o comboio em distâncias superiores a 200 km, e novas rotas de Short Sea Shipping, com base na intermodalidade.

Nas conclusões, para se promover a importação e exportação, destacou a necessidade de se apostar na harmonização da bitola para o standard europeu, apostar na ligação aos portos, e promover a intermodalidade.