Modo ferroviário: Coronavírus nos passageiros
No inicio de Fevereiro a webrails.tv, tendo em consideração a sua responsabilidade como veículo de informação do sector, abordou as empresas de transporte ferroviário de passageiros sobre o seu papel na contenção do Coronavírus.
Perguntou à CP, Fertagus, IP e Metropolitano de Lisboa, no sentido de contribuir para manter as pessoas que usam o comboio ou que trabalham no meio, informadas.
Quis saber se havia informações passíveis de serem divulgada sobre a postura e comportamento, tanto por parte dos utentes como por parte dos funcionários.
No alinhamento do pedido enviado, sobre o Covid 19, o Metropolitano de Lisboa fez chegar a seguinte resposta:
“No âmbito do permanente compromisso do Metropolitano de Lisboa e dos seus Colaboradores com a segurança dos Clientes, estamos a trabalhar de forma coordenada e próxima com as autoridades nacionais sobre as medidas preventivas em relação ao COVID-19, vulgarmente designado por Coronavírus, em particular com a Direção Geral de Saúde (DGS).
O Metropolitano de Lisboa adotou um plano com medidas de prevenção para o COVID-19, cuja primeira fase consiste na divulgação de informação a Trabalhadores e Clientes do Metro, através da divulgação e afixação dos cartazes da DGS.Numa segunda fase e na sequência do despacho n.º 2836-A/2020 de 02 de março, o Metropolitano de Lisboa encontra-se preparado para dar cumprimento ao seu Plano de Contingência no estrito cumprimento das instruções recebidas da DGS.. A nível interno, caso e quando a DGS assim o recomende iremos proceder à distribuição pelos colaboradores que contactam diretamente com os clientes de máscaras e de materiais e outros equipamentos adicionais de proteção pessoal, já existentes em armazém. Estão a ser implementadas medidas preventivas no que respeita à divulgação da doença e à importância de reforço de higiene (seja pelos trabalhadores como pela própria empresa), aprovisionamento de medicação pelo serviço interno da Medicina do Trabalho para profilaxia em caso de exposição da doença, estando, igualmente, previstas, dando cumprimento às recomendações da DGS, as ações que se entendam a cada momento necessárias.
Relativamente às viagens profissionais, e mais uma vez tendo em conta as recomendações emanadas da DGS, o Metropolitano de Lisboa deliberou proceder ao cancelamento de todas as participações ao estrangeiro para já, no decorrer do mês de março.
A nível de proteção aos clientes, está previsto o reforço da limpeza e desinfeção das áreas físicas de maior contacto manual e mobiliários das estações.O Metropolitano de Lisboa mantém o contacto contínuo com as autoridades competentes, estando em condições para ativar, de imediato, quaisquer outras orientações técnicas de saúde pública que venham a ser emanadas pelas mesmas”
Orientações explicada pelo Metropolitano de Lisboa, em linha com a resposta resumida da Fertagus, com base em circular da Direcção Geral de Saúde (DGS).
A Fertagus está a seguir todas as orientações da DGS e a implementar um plano de contingência de acordo com essas recomendações.
O documento da DGS remete para cuidados a ter para conter a transmissão, um esquema de despistagem e um eventual primeiro momento dentro de portas.
No caso da CP
Uma vez que cerca de metade dos seus trabalhadores, espalhados pelo país, têm risco profissional de exposição, a empresa alinhou medidas para conter a expansão do COVID 19.
Documento interno que a webrails.tv teve acesso, nomeadamente para quem tem interacção publica e se coloca em situação directas e indirectas de exposição, há alertas para duas potenciais formas de contagio.
Forma direta – através da disseminação de gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, as quais podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão próximas.
Forma indireta – por contacto das mãos com uma superfície ou objeto com o vírus e, em seguida, o contacto das mãos com as mucosas oral, nasal ou ocular (boca, nariz ou olhos).
As funções de factor (bilheteiras), apoio ao cliente, ou revisores são sensíveis neste campo. Os primeiros lidam com utentes na situação de venda de título de transporte e prestação de informações.
Os últimos, enquanto segundo agente de segurança da composição, a bordo na validação de passes e bilhetes, ou no primeiro apoio a situações de emergência.
Nesse sentido a empresa identifica situações sensíveis que os funcionários devem ter em atenção:
O pessoal que manipula títulos de transporte e meios de pagamento (nas bilheteiras das estações ou nos comboios);
O pessoal que respira muito próximo do público (nos gabinetes de apoio ao cliente, nas bilheteiras sem vidro de proteção e nos
comboios);O pessoal que manipula/utiliza frequentemente corrimãos, varões, puxadores, equipamentos de ar condicionado e outros repositórios das gotículas (tanto nos locais citados como nos comboios que entram nas oficinas para manutenção imediatamente após o serviço).
Para promover a conciêncialização, além da nota interna a CP imprimiu cartazes da DGS. Posteres a colocar nas estações, dentro e fora das bilheteiras, unidades de reparação e manutenção de material ferroviário e a bordo dos comboios.
Em paralelo definiu sítios críticos de limpeza. Como a desinfecção dos filtros do ar condicionado antes do serviço, com agente desinfectante.
Na situação de suspeita, ou caso sinalizado, o documento diz que a empresa preparada. Tem espaços reservados para acolher em isolamento, num primeiro momento, até intervenção das entidades competentes, as situações que possam surgir.
Artigo completo encontra-se disponível para subscritores.