free web
stats

FERMODEL 2018: conclusões de uma exposição muito participada (2/3)

Neste 2º apontamento de balanço da FERMODEL 2018, abordamos aspectos da maqueta modular que esteve em exibição. O atractivo principal, a maqueta modular, foi constituída por 31 módulos, cerca de metade nunca antes expostos. Outros, passaram pela última LOCOMODELS_EXPO 2017, que decorreu em Outubro de 2017 em Alverca, mas a grande maioria apresentou melhorias, quer ao nível construtivo, quer ao nível de ambiente modelistico, implementada nos últimos três meses antes da exposição de Carcavelos.

O arranque deste trabalho conjunto, visivel na FERMODEL de 2 e 3 de Junho de 2018, começou a ganhar dimensão de forma mais consistente no final de Fevereiro. O grupo promoveu, por essa altura, um encontro informal onde reuniu módulos já finalizados com outros ainda em processo de construção, de que demos conta aqui.

A feira popular (Foto A.Sequeira)

A feira popular
(Foto A.Sequeira)

A sessão aproximou a imaginação dos modelistas presentes, que se iria projectar na madeira de pinho nua. Eram os primeros passos para ancorar ideias e concretizar o evento de modelismo, de que salientamos:

– Uma feira popular;

– A azafama do movimento de mercadorias do porto comercial. Pretendia-se abordar um terminal intermodal de contentores com a rodovia, e da intermodalidade ferroviária;

– O envolvimento cénico de um vale, que se mostrou num sinuoso traçado de montanha, de curva e contra curva, e orografia acentuada. Neste caso, o que se pôde ver foi um verdadeiro ambiente ferroviário muito trabalhado e afinado, realista.

Mas os destaques não ficam por aqui. Nos modulos mais recentes salienta-se a formação de conjuntos de módulos temáticos, de títularidade partilhada. A solução pode limitar a combinação futura da maqueta, mas trouxe à maqueta da exposição argumento e enredo, detalhe, e promete desenvolvimentos e motivos para novos encontros FERMODEL.

A parceria soma à região montanhosa, central no cenário da maqueta, uma transição fuida entre ambientes industrial, portuário, urbano e rural.

Modelos antigos da Märklin (Foto A.Sequeira)

Modelos antigos da Märklin
(Foto A.Sequeira)

O compromisso conseguido, permitiu entre outros elementos, apurar a via dupla, pontes, viadutos, ou desníveis, em traçados combinados entre os modelistas detentores dos módulos. A introdução de módulos em via unica deverá ser um dos próximos desafios que emerge da experiencia desta 1ª exposição.

Durante os dois dias, a gestão das composições esteve a cargo de Domingos Condeço, em estreita colaboração de equipa com os modelistas. No balanço que faz, mais de 90% das composições circularam sem problemas e de acordo com o previsto. Na via, avistaram-se modelos de comboios de passageiros e mercadorias alemães, suiços e holandeses e, fugazmente, portugueses:

– Nas mercadorias regista-se a transferência da carga de longo curso da rodovia para a ferrovia. Na maqueta o comboio transportou camiões;

– Nos passageiros houve marchas de automotoras, de composições de locomotiva com carruagens no sentido clássico também em sistema push pull com 2 exemplos, um holandês e um alemão;

Uma composição portuguesa (Foto A.Sequeira)

Uma composição portuguesa
(Foto A.Sequeira)

– Os modelos portugueses, adaptados tecnicamente para circularem no sistema digital usado no evento, marcaram presença mas pouco circularam. A principal razão prendeu-se com o carril usado nos módulos, a via C, que do ponto de vista da concepção dos rodados usados nos modelos portugueses, muitos na norma RP25, não é o mais adequado para via construída para rodados segundo a norma NEM 311, seguida pela Märklin.

A alimentação da maqueta para os efeitos não ferroviários, tais como movimento de veículos e bicicletas, à iluminação e som de cenas como a feira popular, que correu em paralelo ao movimento dos comboios, aconteceu em separado, a “cargo” de cada módulo. Para o controlo dos comboios, e apesar da Central Station2 Märklin possuir bastante autonomia, utilizou-se um booster, apenas por segurança e para evitar a sobrecarga da central. A esta central adicionou-se um router Wi-Fi, para fazer o controlo das composições com iPad, tablets e smartphones usando a aplicação da Märklin.

(Foto A.Sequeira)

(Foto A.Sequeira)

Em paralelo aos comboios em andamento a paisagem revelou-se cheia de detalhes. A animação dos módulos teve argumento e enredo com base no sistema car system e electrónica, uma passagem de nível, um incêndio, o porto já referido, uma feira popular e duas bicicletas que se movem num parque, uma das atrações mais comentadas, que funcionam à base de imanes e que foi estreada no evento. Para atestar o que relatamos, juntamos um vídeo.

Outro aspecto que se destacou na FERMODEL 2018, foi o fluir de dois dias de evento. Para repetir, sem dúvida!

Parte 01 / Parte 03